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O projeto Vozes do Purus é desenvolvido desde 2016 pelo Instituto Mpumalanga na região do Médio Rio Purus, sul do Amazonas,  junto às comunidades indígenas locais dos povos Apurinã, Paumari, Jarawara, Jamamadi e Deni com produção de materiais pedagógicos, cursos de formação e atividades pedagógicas voltadas à manutenção das culturas e das tradições indígenas e à conservação e revitalização dos idiomas nativos. 

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Realiza formação de professores das escolas das aldeias e de lideranças indígenas em arte educacional a partir da metodologia Viva com Arte e promove capacitação de jovens indígenas para o registro audiovisual, comunicação e divulgação das práticas sociais, das culturas e dos direitos dos povos originários.  

Vozes do Purus é um projeto do Instituto MPUMALANGA, em parceria com UNICEF, DISNEY e canais ESPN, realizado desde 2015 com apoio da FOCIMP-Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus,  do CR Funai-Lábrea/AM e da Prefeitura de Lábrea, por meio da Secretaria Municipal de Educação. 

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VOZES DO PURUS  - Voz para os povos da floresta [4K]
29:52
Instituto Mpumalanga

VOZES DO PURUS - Voz para os povos da floresta [4K]

VOZES DO PURUS - Voz para os povos da floresta [4K] O Instituto Mpumalanga, que desenvolve as metodologias da Caravana das Artes e do Vozes do Purus, está no Amazonas. A presença no norte do país não se trata exatamente de uma novidade nos últimos anos, quando foi firmado um compromisso de trabalho pela preservação das culturas do Médio Purus, com os povos Paumari e Apurinã. Esse novo encontro tem como objetivo o apoio ao quarto Campeonato da Língua, uma iniciativa dos indígenas pela manutenção da língua materna entre as comunidades. A língua é a base de uma cultura. É na língua de um povo que os pensamentos se estruturam, logo sua importância é gigante quando falamos na preservação de costumes e tradições. “É um exemplo de ação da comunidade indígena para a manutenção daquilo que a gente considera arte, é cultura!”, afirma a professora Kity Canário, do Instituto Mpumalanga. Ela representa a instituição na Amazônia. A arte é uma forma de comunicação em qualquer cultura, mas tem um valor imprescindível na cultura indígena. As pinturas, corporais ou não, as danças, as músicas e os rituais têm muito a dizer. Eles são comunicação, basta entendê-las como tal. “A conversa com os anciões é importante nesse processo. Eles mostram o que foi desenvolvido na própria língua e o vocabulário aumenta. É preciso entender a organização, a combinação de fonemas”, explica Kity, cuja a aproximação com os povos é tamanha que ela prefere a denominação de “parentes” ao falar dos indígenas. Preservar a cultura é a bandeira de muitos povos que querem diminuir a influência da globalização nas comunidades indígenas, portanto uma simples conversa com os mais velhos se torna um movimento importante. “É a aproximação das faixas etárias. São passados valores importantes para nosso tempo, como o olhar para o meio ambiente, para a preservação e para a arte”, detalhou a professora. É por isso que um campeonato criado em defesa da língua materna é de vasta relevância quando falamos de preservação. A presença o Instituto Mpumalanga confirma o comprometimento com a questão. “A importância de estar no campeonato é pelo valor da continuidade do Mpumalanga aqui. Com o trabalho no Médio Purus, como o Vozes do Purus e o trabalho com os professores, o trabalho com literatura. Tudo isso firma cada vez mais a parceria e desenvolve o trabalho que deixamos aqui”, explica Kity Canário. O primeiro passo na região foi dado com Caravana das Artes e a Caravana do Esporte, que realizaram etapa em Lábrea, em 2015. Desde então, a presença das artes e do movimento alterou a maneira de pensar da comunidade e estabeleceu novos vínculos. O Vozes do Purus, um projeto que visa trabalhar a manutenção da cultura por meio de técnicas audiovisuais está empoderando os jovens da comunidade, ao passo que a Oficina Jovens Autores incentiva a comunicação textual. Professores indígenas também são capacitados a darem continuidade aos conceitos educacionais. Comunicar é preciso, e a arte é o caminho.

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